Hidra fêmea, é uma constelação interceptada pelo equador celeste. A maior parte da constelação pertence ao hemisfério celestial sul, mas uma pequena região fica no hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Hydrae.
Não se deve confundí-la com a outra constelação, muito menor, do Hydrus, que representa uma hidra macho. Com 1303 graus quadrados, a Hidra é a maior das 88 constelações contemporâneas delineadas pela União Astronômica Internacional; porém, apesar do tamanho, só tem uma estrela brilhante: Alpha Hydrae, também conhecida como Alfarde.
As constelações vizinhas, segundo as delineações contemporâneas, são o Caranguejo, o Cão Menor, o Unicórnio, a Popa, a Bússola, a Máquina Pneumática, o Lobo, o Centauro, a Balança, a Virgem, o Corvo, a Taça e o Sextante.
Umas lendas principais, presentes na mitologia grega, foram associadas a esta figura: Na primeira, mais célebre, representa a cobra de água que o Corvo, enviado por Apolo para recolher numa Taça ( representada pela constelação de Crater ) água de uma nascente, encontrou e usou como desculpa para o facto de ter demorado vários dias para regressar. Na realidade, o Corvo não conseguira resistir a comer os frutos de uma figueira, pelo que havia pousado apenas para aguardar que os figos amadurecessem. Tendo reconhecido a mentira, Apolo resolve castigá-lo, colocando no céu o Corvo e a Taça com água no dorso da Hidra, dando ordens à cobra para que nunca deixe o Corvo beber da Taça, condenando-o à sede eterna.